segunda-feira, julho 02, 2007

Um homem branco, calvo e com evidentes quilos a mais, olha para o vizinho negro e diz “ pianinho, senão ainda voltas para a tua terra”. Este por sua vez, repara numa fila de desempregados e assume “Se quisessem arranjavam todos um trabalho ”. Na mesma fila, dois homens atiram uns piropos machistas a uma mulher que passa. Esta, olha de lado o casal homossexual que atravessa a rua de mão dada e pensa que é preciso muita lata. Eles comentam entre si o véu islâmico de uma outra mulher que passeia o filho “Ao menos podia fazer um esforço para se integrar”. O miúdo, por sua vez, aponta para o homem branco, calvo e com evidentes quilos a mais e exclama: “ Olha, aquele senhor tão gordo!”

A isto chama-se racismo em cadeia- este é pelo menos o titulo de uma história incluída num livro em banda desenhada editado pela Comissão Europeia. São muitas as situações do dia a dia em que, muitas vezes inconscientemente, o nosso discurso roça a intolerância. Reflicta bem sobre quantas frases por dia utiliza e que são discriminatórias.

No transito, nunca se irritou por aquele “velhote” ir à sua frente a 20 à hora? Num negócio, nunca teve tendência a chamar “cigano” ao vendedor? Ao fim de semana, não acha “normal” o homem ir à bola e a mulher ficar a fazer o jantar? E chamar "def..."(iciente) a um colega que não conseguiu concluir uma tarefa?

Desde o ano 2000, que as Leis Europeias para a Igualdade consagram ilegal a discriminação- com base na raça ou etnia, orientação sexual, religião, crença, género, deficiência ou idade. No entanto, as mentalidades não se mudam por decreto . Daí o meu desejo para que neste Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos e para Todas, cada um de nós aproveite esta hipótese de mudar as nossas frases. as nossas atitudes. no fundo, os nossos corações.

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