sábado, março 24, 2007

Há dias, uma mulher morreu na sequência de um ataque de quatro cães arraçados de rottweiler.
Eu sempre tive medo de cães. Ainda miúda, fui atacada por um, pequeno e mal disposto, que me mordeu em ambas as pernas. Fiquei verdadeiramente traumatizada a ponto de, durante anos, nem poder sequer ver um cão. Todos sabiam da existência daquele rafeirote que, assim que via uma criança a correr, partia para o ataque. E todos sabiam quem era o dono – um outro rafeirote mas de raça humana. Que agredia aqueles que se fossem lá queixar do cão para depois bater também no bicho. Nesse dia fiquei com medo de cães mas fiquei ainda com mais medo do dono.
A lei portuguesa consagra sete raças potencialmente perigosas e ainda animais que causem ferimentos em pessoas ou noutros animais que representem um risco, devido ao sue comportamento agressivo. Será que “dono irresponsável, agressor do próprio animal, que estimula actos violentos do cão perante terceiros” não deveria estar também consagrado nesta lei?
PS: Duas raças portuguesas foram incluídas na lista italiana de cães perigosos : os Serra da Estrela e os Rafeiros Alentejanos. A ignorância levou a que muitos destes belíssimos animais fossem imediatamente abandonados, também em Portugal. Em defesa dos Serra, só posso dizer que foi através de um ( o Mambo ) que retomei a minha amizade com os cães, há quase dez anos.

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