quarta-feira, março 14, 2007

Olá Nuno Flores …

….sei que, ao leres estas linhas, já estás melhor. Acima de tudo, desejo que o acidente não te provoque sequelas, sobretudo a nível dos braços, para que nos possas continuar a encantar com as tuas interpretações nos Corvos. Todos lemos as descrições do teu atropelamento brutal. Ficámos chocados. Mas à medida que íamos conhecendo os detalhes, do choque passamos rapidamente à indignação. Alegadamente, foste atropelado por um agente da Divisão de Trânsito da PSP que fugiu. Que não te prestou auxilio. Que terá em falta seguro e inspecção periódica. Um policia! Há detalhes assustadores quando se fala de sinistralidade nas estradas. Há casos, como o teu, que vivem nos jornais durante um tempo, mas que depois se apagam da memória colectiva. Mas é difícil esquecer, por exemplo, o casal que morreu atropelado, diante das 2 filhas, nos Olivais. Esperemos que a justiça não se esqueça. E já que te falo em justiça, deixa-me contar-te que, também nos últimos dias, uma invulgar onda de cidadania e participação activa tem marcado a agenda- o caso do sargento condenado a 6 anos de prisão por sequestro de uma menor. Menor essa que ele criou desde os 3 meses. Alguém aí no hospital te contará os detalhes, porque todos os conhecem. Não me recordo de história que tenha apaixonado tanto a opinião pública. Só talvez a causa de Timor. Com direito aos símbolos que marcam estas movimentações: hinos, mensagens nos carros, lençóis brancos… “Esmeralda” poderá vir a ser título de canção mais ou menos piegas. Se for entregue ao pai biológico, até pode acontecer uma manifestação à porta do tribunal de Torres Novas. Com velas e cravos misturados. Quando saíres do hospital, telefona-me. Vamos juntos começar uma acção por mais civismo nas estradas. Traz a viola-d’arco; eu vou de branco e levo uma bandeira.

1 comentário:

Anónimo disse...

"Não me recordo de história que tenha apaixonado tanto a opinião pública."

Porque ainda ñ havia o caso Maddie